V JORNADAS DEL GRUPO IBÉRICO DE ARACNOLOGÍA Proposta para um futuro protocolo de avaliação de diversidade de aranhas na Península Ibérica Pedro CARDOSO Praceta dos Metalúrgicos, 2, 1º Dto.; 2835-043 Baixa da Banheira (PORTUGAL). radagas@iol.pt      A inventariação da diversidade de aranhas na Península Ibérica tem sido um dois tópicos mais discutidos durante toda a curta existência do Grupo Ibérico de Aracnología. A pesar da crítica falta de ferramentas úteis na identificação de grande parte das espécies, a comparabilidade dos resultados de muitos estudos poderia revelarse extremamente útil.      Qualquer estudo em macroecología, conservação ou muitas outras áreas do conhecimento deveria basear-se em dados de origem o mais precisa possivel, obtidos de forma que permita comparações entre áreas e reconhecidamente exactos. No entanto, a maioria das vezes não é o que acontece, tais dados raramente estão disponíveis. É essencial elaborar, testar e aplicar protocolos de avaliação de diversidade cujos dados possam ser plenamente usados nos estudos acima referidos.      Qualquer protocolo tem de ser adaptado ao grupo-alvo e a cada região biogeográfica, tendo de cumprir três objetivos: (a) amostrar uma parte substancial e conhedida da comunidade; (b) requerer o mais baixo esforço de amostragrem possível; (c) ser flexível de forma a poder ser adaptado aos recursos disponíveis.      Estes objectivos podem ser cumpridos em três passos sequenciais: (1) definir a época ou épocas de amostragem; (2) definir que estratégias usar na amostragem, principalmente no que se refere aos métodos a aplicar; (3) definir o esforço a aplicar por cada método para obtener percentagens pré-determinadas do número total de espécies existentes.      Neste momento, e até 2006, decorre um trabalho que permitirá responder a todas estas questões. O objetivo, pelo menos nesta fase, não é elaborar um "Atlas das Aranhas da Península Ibérica" dada a falta de recursos (humanos, técnicos) disponíveis. É sim, propôr a forma mais fácil, robusta e comparável de realizar inventários de qualquer área independentemente do habitat ou região, permitiendo uma maximização de resultados e do seu aproveitamento com o mínimo esforço possível por parte de todos, independientemente do seu objetivo imediato.